quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Luz Estelar e o Tempo


Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a minha boca; Publicarei coisas ocultas desde a fundação do mundo. Mateus 13:35


I- A Ciência e a Criação de Deus


1) Será presunção humana buscar uma cosmologia Criacionista?


O físico norte americano Russel Humphreys, através de seu livro Luz Estelar e o Tempo apresenta uma proposta de cosmologia que procura descrever as fases da criação do Universo utilizando-se da Teoria da Relatividade Geral de Einstein. Interessante que utiliza como pressuposto um conceito do Universo que é bíblico. E ao fazer isso, se vê diante da tarefa de desvendar o enigma do tempo. Ou mais precisamente, o seu modelo científico da criação mostra de maneira inexorável, como uma consequência natural das contas matemáticas que o tempo de seis dias no âmbito da Terra significaram milhões de anos no cosmos. E assim por conta disso, o relato da criação de Gênesis tem fundamento científico. A sua cosmologia permite concluir que tudo se fez na semana da criação! Sem querer, sua cosmologia toca num ninho de vespas. Ela contradiz um conceito arraigado entre criacionistas de que a Bíblia se limita a descrever a criação da Terra, o último planeta da criação divina. Mas, por outro lado, no meio de ateus e evolucionistas, esta cosmologia ao apontar para a credibilidade do relato bíblico coloca em xeque a base de suas crenças, em particular aqueles cristãos que haviam abandonado o relato da criação em Gênesis e assumido que Deus havia dirigido a evolução.
 Certamente aos cristãos a fé não depende de prova científica. Mas, a esta altura da história humana, com tanto descrédito das Escrituras e com a autoridade crescente das descobertas científicas, esta descoberta não pode passar desapercebida. Haverá perguntas tais como: Será isso mais uma presunção humana? Será possível sabermos exatamente o que Deus criou e separarmos daquilo que Ele transformou através das leis da natureza também criadas por Ele? Como supor ou verificar quais leis da natureza, Deus operou na criação? Ou antes disso, será correto supor que Deus simplesmente criou todo universo de forma sobrenatural, e que a Sua administração foi através das leis naturais? Afinal quais leis da natureza a Sua Palavra revela e quais leis da natureza ele deixou que a humanidade descobrisse?Terão razão aqueles que dizem que a natureza é Deus, e cultuam a natureza? Ou que por trás da perfeição da natureza está um Deus operando tudo através das leis que Ele criou? Será que ao detectarmos as leis pelas quais Deus Se serviu, estaremos tirando ou diminuindo Seu papel na criação? Ou ao contrário, estaremos exaltando-O ? Será que a ciência humana pode atestar que a criação divina se deu em seis dias? Para tirar estas dúvidas, fizemos uma pesquisa nos escritos da Sra. Ellen G. White, escritora norte-americana, que tem inúmeros livros publicados que aprofundam o estudo da Bíblia e é recordista nos EUA de traduções por todo o mundo.


2) O alerta sobre as conexões da incredulidade e a ciência humanas!


“Muitos, quando são incapazes de medir o Criador e Suas obras pelo imperfeito conhecimento que têm da ciência, duvidam da existência de Deus e atribuem à Natureza poder infinito. Tais pessoas perderam a simplicidade da fé, e se acham muito afastadas de Deus no entendimento e no espírito. Deve haver firme fé no caráter divino da santa Palavra de Deus. A Bíblia não deve ser posta à prova pelas idéias que os homens têm da ciência, mas a ciência deve ser submetida à prova desse padrão infalível. Quando a Bíblia faz declarações de fatos na Natureza, a ciência pode ser comparada com a Palavra escrita, e a correta compreensão de ambas sempre demonstrará que estão em harmonia. Uma não contradiz a outra. Toda verdade, quer na Natureza ou na Revelação, está de acordo.” Signs of the Times, 13 de março de 1884. Exaltai-O -MeditaçãoMatinal 1992, pág 60



“Estas pessoas [que não creram no relatório do Gênesis] perderam a simplicidade da fé. Deve haver uma fé estabelecida na autoridade divina da santa Palavra de Deus. A Bíblia não deve ser provada pelas idéias científicas de homens. O saber humano é um guia indigno de confiança. Céticos que lêem a Bíblia com o fim de cavilar, podem, mediante uma compreensão imperfeita, quer da ciência quer da revelação, pretender achar contradições entre elas; mas, corretamente entendidas, estão em perfeita harmonia. Moisés escreveu sob a guia do Espírito de Deus; e uma teoria correta de geologia nunca terá a pretensão de descobertas que não possam conciliar-se com suas declarações. Toda a verdade, quer na natureza quer na revelação, é coerente consigo mesma em todas as suas manifestações.” Patriarcas e Profetas, pág. 114.


3) Qual ciência que é prioritária para cada pessoa humana?


“O conhecimento da verdadeira ciência é poder; e é o desígnio de Deus que esse conhecimento seja ensinado em nossas escolas como preparo para a obra que precederá às cenas finais da história terrestre. A verdade deve ser levada aos mais remotos limites da Terra por meio de instrumentos exercitados para essa obra.


Mas ao passo que o conhecimento da ciência é poder, o conhecimento que Jesus veio em pessoa comunicar é poder ainda maior. A ciência da salvação é a mais importante das ciências a ser aprendida na preparatória escola terrestre. É desejável a sabedoria de Salomão, mas a de Cristo é incomparavelmente mais desejável e essencial. Não podemos chegar a Cristo mediante simples preparo intelectual; por meio dEle, porém, é-nos dado atingir o mais elevado lance da escada na grandeza intelectual. Ao passo que a busca do conhecimento na arte, na literatura e no comércio não deve ser desencorajada, o de que primeiro deve o estudante assegurar-se é o conhecimento experimental de Deus e Sua vontade.


A oportunidade de aprender a ciência da salvação é posta ao alcance de todos. Mediante o permanecer em Cristo, fazer Sua vontade e exercer fé simples em Sua Palavra, mesmo os não instruídos na sabedoria do mundo podem adquirir esse conhecimento. À alma humilde e confiante, o Senhor revela que todo verdadeiro conhecimento conduz em direção ao Céu.(Conselhos aos pais, professores e estudantes, pág. 19)


“A ciência da redenção é a ciência de todas as ciências; a ciência que constitui o estudo dos anjos e de todos os seres dos mundos não caídos; a ciência que ocupa a atenção de nosso Senhor e Salvador; ciência que se acha incluída no propósito originado na mente do Infinito, propósito este que "desde tempos eternos esteve oculto" (Rom. 16:25); ciência, enfim, que será o estudo dos remidos de Deus através dos séculos infindáveis. É este o mais elevado estudo em que é possível ao homem ocupar-se. Como nenhum outro estudo, avivará a mente e enobrecerá a alma.” (Educação pág. 126)


“Há uma ciência do cristianismo a ser dominada - ciência tão mais profunda, vasta e alta que qualquer ciência humana, como os céus são mais elevados do que a Terra. A mente deve ser disciplinada, educada, exercitada; pois nos cumpre fazer serviço para Deus por maneiras que não se acham em harmonia com nossa inclinação inata. As tendências hereditárias e cultivadas para o mal devem ser vencidas. Muitas vezes, a educação e as práticas de toda uma existência devem ser rejeitadas para que a pessoa se possa tornar um aprendiz na escola de Cristo. Nosso coração deve ser educado em se firmar em Deus. Cumpre-nos formar hábitos de pensamento que nos habilitem a resistir à tentação. Devemos aprender a olhar para cima. Os princípios da Palavra de Deus - princípios tão elevados como o céu e que abrangem a eternidade - cumpre-nos compreendê-los em sua relação para com a nossa vida diária. Cada ato, cada palavra, cada pensamento deve estar de acordo com esses princípios. Tudo deve ser posto em harmonia com Cristo, e a Ele sujeito.” A Ciência do Bom Viver, págs. 449, 450, 453 e 454.


4) Tomar cuidado quando a “ciência” não passa de conjectura humana!


“Um dos maiores males que acompanham a busca do conhecimento, as pesquisas da ciência, é a disposição de exaltar o raciocínio humano acima de seu real valor e sua devida esfera. Muitos tentam julgar o Criador e Suas obras mediante o imperfeito conhecimento que possuem da ciência. Esforçam-se por determinar a natureza e os atributos e as prerrogativas de Deus, e condescendem com teorias especulativas com relação ao Infinito. Os que se entregam a esse ramo de estudo estão pisando terreno proibido. Suas pesquisas não produzirão resultados de valor, só podendo ser prosseguidas com perigo para a alma.” (Ciência do Bom Viver, pág. 427)


“Aquele que conhece a Deus e a Sua Palavra por experiência pessoal tem uma firme fé na origem divina das Santas Escrituras. Tem provado que a Palavra de Deus é a verdade, e que a verdade não se pode nunca contradizer a si mesma. Não prova a Bíblia pelas idéias e a ciência humanas; submete-as, a estas, à prova da infalível norma. Sabe que, na verdadeira ciência, nada pode haver que esteja em contradição com o ensino da Palavra; uma vez que procedem ambas do mesmo Autor, a verdadeira compreensão delas demonstrará sua harmonia. Seja o que for, nos chamados ensinos científicos, que contradiga o testemunho da Palavra de Deus não passa de conjetura humana” (A Ciência do Bom Viver, pág. 462)


5) Afinal existe alguma ciência humana que se salva?


“Deus é o autor da ciência. As pesquisas científicas abrem ao espírito vasto campo de idéias e informações, habilitando-nos a ver Deus em Suas obras criadas. A ignorância pode tentar apoiar o ceticismo, apelando para a ciência; em vez de o sustentar, porém, a verdadeira ciência contribui com novas provas da sabedoria e do poder de Deus. Devidamente compreendidas, a ciência e a Palavra escrita concordam entre si, lançando luz uma sobre a outra. Juntas, conduzem-nos para Deus, ensinando-nos algo das sábias e benéficas leis por que Ele opera.” (Conselhos aos pais, professores e estudantes pág. 426)


As leis obedecidas pela Terra revelam o fato de que ela está sob o excelso poder de um Deus infinito. Os mesmos princípios regem o mundo espiritual e o mundo natural. Separai a Deus e Sua sabedoria da aquisição de conhecimento, e tereis uma educação frágil e unilateral, morta para todas as qualidades salvadoras que dão poder ao homem, de modo que seja incapaz de obter imortalidade por meio da fé em Cristo. O Autor da Natureza é o Autor da Bíblia. A criação e o cristianismo têm um só Deus. ” (Mente, Caráter e Personalidade, pág. 193)


“Mas a caída raça humana não quer compreender. Supõem que a ciência da natureza controle ao Deus da natureza. Lições corretas não podem impressionar a mente dos que não conhecem a verdade da Palavra de Deus. Quando coração e mente são submetidos a Deus, quando o homem está disposto a ser instruído qual uma criancinha, encontrará na Palavra de Deus a ciência da educação. A alta educação do mundo tem-se demonstrado uma farsa. Quando mestres e alunos descerem de seus pedestais e ingressarem na escola de Cristo para dEle aprender, falarão inteligentemente de alta educação, porque compreenderão que é esse conhecimento que habilita o homem a compreender a essência da ciência. Manuscrito 45, 1898.” (Mente, Caráter e Personalidade, pág. 194)


“Deus é o fundamento de todas as coisas. Toda verdadeira ciência está em harmonia com Suas obras; toda verdadeira educação conduz à obediência ao Seu governo. A ciência desvenda novas maravilhas à nossa vista; faz altos vôos, e explora novas profundidades; mas nada traz de suas pesquisas que estejam em conflito com a revelação divina.” Patriarcas e Profetas, pág. 115.


6) Essa ciência humana que “desvenda novas maravilhas” teria limites e está associada à criação, às leis pelas quais Deus opera na natureza!


"As coisas encobertas são para o Senhor, nosso Deus; porém as reveladas são para nós e para nossos filhos, para sempre." Deut. 29:29. Precisamente como Deus realizou a obra da criação jamais Ele o revelou ao homem; a ciência humana não pode pesquisar os segredos do Altíssimo. Seu poder criador é tão incompreensível como a Sua existência.


Deus permitiu que uma inundação de luz fosse derramada sobre o mundo, tanto nas ciências como nas artes; mas quando professos cientistas tratam estes assuntos de um ponto de vista meramente humano, chegarão certamente a conclusões errôneas. Pode ser inofensivo pesquisar além do que a Palavra de Deus revelou, se nossas teorias não contradizem fatos encontrados nas Escrituras; mas aqueles que deixam a Palavra de Deus e procuram explicar Suas obras criadas por meio de princípios científicos, estão vagando sem mapa nem bússola em um oceano desconhecido.


Os maiores espíritos, se não são guiados pela Palavra de Deus em sua pesquisa, desencaminham-se em suas tentativas de traçar as relações entre a ciência e a revelação. Visto acharem-se o Criador e Suas obras tão além de sua compreensão que são incapazes de os explicar pelas leis naturais, consideram a história bíblica como indigna de confiança. Os que duvidam da exatidão dos registros do Antigo e Novo Testamentos, serão levados um passo mais, e duvidarão da existência de Deus; e então, tendo perdido sua âncora, são abandonados a baterem de um lado para outro nas rochas da incredulidade.


Estas pessoas perderam a simplicidade da fé. Deve haver uma fé estabelecida na autoridade divina da santa Palavra de Deus. A Bíblia não deve ser provada pelas idéias científicas de homens. O saber humano é um guia indigno de confiança. Céticos que lêem a Bíblia com o fim de cavilar, podem, mediante uma compreensão imperfeita, quer da ciência quer da revelação, pretender achar contradições entre elas; mas, corretamente entendidas, estão em perfeita harmonia. Moisés escreveu sob a guia do Espírito de Deus; e uma teoria correta de geologia nunca terá a pretensão de descobertas que não possam conciliar-se com suas declarações. Toda verdade, quer na Natureza quer na revelação, é coerente consigo mesma em todas as suas manifestações.


Na Palavra de Deus surgem muitas perguntas que os mais profundos sábios jamais poderão responder. A atenção é chamada para estes assuntos, para nos mostrar, mesmo entre as coisas comuns da vida diária, quanta coisa há que mentes finitas, com toda a sua vangloriada sabedoria, jamais poderão compreender amplamente.


Contudo, homens de ciência julgam poder compreender a sabedoria de Deus, aquilo que Ele fez ou pode fazer. A idéia de que Ele é restrito pelas Suas próprias leis, prevalece largamente. Os homens ou negam ou ignoram a Sua existência, ou julgam explicar tudo, mesmo a operação de Seu Espírito sobre o coração humano; e não mais reverenciam o Seu nome nem temem o Seu poder. Não crêem no sobrenatural, não compreendendo as leis de Deus, ou o Seu poder infinito para executar Sua vontade por meio deles. Conforme é usualmente empregada, a expressão "leis da Natureza" compreende o que o homem tem podido descobrir com relação às leis que governam o mundo físico; mas quão limitado é o seu conhecimento, e quão vasto é o campo em que o Criador pode operar, em harmonia com Suas próprias leis, e todavia inteiramente além da compreensão de seres finitos!


Muitos ensinam que a matéria possui força vital: que certas propriedades são comunicadas à matéria, e que então fica ela a agir por meio de sua própria energia inerente; e que as operações da Natureza são dirigidas de acordo com leis fixas, nas quais o próprio Deus não pode interferir. Isto é ciência falsa, e não é apoiado pela Palavra de Deus. A Natureza é serva de seu Criador. Deus não anula Suas leis, nem age contrariamente a elas; mas está continuamente a empregá-las como Seus instrumentos. A Natureza testifica de uma inteligência, de uma presença, de uma energia ativa, que opera em suas leis e por meio das mesmas leis. Há na Natureza a operação contínua do Pai e do Filho. Cristo diz: "Meu Pai trabalha até agora, e Eu trabalho também". João 5:17. ”. Patriarcas e Profetas, pág. 113.


7) Buscar as leis da natureza e compará-las às revelações de Deus na Sua palavra, eis um bom caminho para a as ciências naturais, em particular para um modelo cosmológico!


A harmonia da criação depende da perfeita conformidade de todos os seres, de todas as coisas, animadas e inanimadas, com a lei do Criador. Deus determinou leis, não somente para o governo dos seres vivos, mas para todas as operações da Natureza. Tudo se encontra sob leis fixas, que não podem ser desrespeitadas. Todavia, ao mesmo tempo em que tudo na Natureza é governado por leis naturais, o homem unicamente, dentre todos os que habitam na Terra, é responsável perante a lei moral. Patriarcas e Profetas, pág. 52.


“Na criação da Terra, Deus não dependeu de matéria preexistente. "Falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu." Sal. 33:9.” (A Ciência do Bom Viver, pág. 414) Coincidentemente, a ideia contida no livro de Russel Humphreys é de que a criação primeira de Deus é a água, a matéria-prima de toda criação, baseado na seguinte passagem “Mas eles deliberadamente se esquecem de que há muito tempo, pela palavra de Deus, existiam céus e terra, esta formada da água e pela água.” (2Pedro 3:5 NVI). Toda sua cosmologia não questiona, nem dá explicações paralelas, simplesmente parte deste pressuposto: Deus criou. A partir da criação, entram em ação as leis naturais elaboradas pelo Criador. “Deus está continuamente ocupado em manter e empregar como servos as coisas que criou. Opera por meio das leis da natureza, delas Se servindo como instrumentos Seus. Elas não agem por si mesmas. A natureza, em sua obra, testifica da presença inteligente e da atividade de um Ser que opera em tudo segundo a Sua vontade.” (A Ciência do Bom Viver, pág. 416).


O modelo do autor dá uma estrutura de entendimento, por exemplo, dando um nexo às "águas acima da expansão" (Gênesis 1:6); a "abóbada reluzente como gelo acima dos seres viventes" (Ezequiel 1:22, NVI), e o "mar de vidro" descrito pela Sra. White ("Todos nós entramos na nuvem, e estivemos sete dias ascendendo para o mar de vidro. Primeiros Escritos, pág. 16.). É assim que entendemos a estrutura dos vários "céus" descritos na Palavra de Deus, que ganham uma descrição física bem precisa e que está de acordo com os principais pressupostos de seu modelo cosmológico: que o universo tem um centro e há um espaço que confina a matéria da criação da Terra que foi submetido a uma expansão.


Outro aspecto importante é que a criação dos seres vivos não é objeto de sua cosmologia. “A obra da criação não pode ser explicada pela ciência. Que ciência pode explicar o mistério da vida? "Pela fé, entendemos que os mundos, pela Palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente." Heb. 11:3.” (A Ciência do Bom Viver, pág. 414). As posições da Sra. White nestes detalhes se encaixam como uma luva com as limitações e potencialidades da cosmologia do Dr. Humphreys.


8) A disseminação dessa ciência avançada está associada com a preparação do fim dos tempos!


Há poder no conhecimento de ciências de toda espécie, e é desígnio de Deus que a ciência avançada seja ensinada em nossas escolas como preparação para a obra que há de preceder as cenas finais da história terrestre. A verdade deve ir aos mais remotos confins da Terra, mediante pessoas preparadas para a obra. Mas, embora haja poder no conhecimento da ciência, o conhecimento que Jesus veio transmitir pessoalmente ao mundo era o conhecimento do evangelho. A luz da verdade destinava-se a lançar seus brilhantes raios nas partes mais longínquas da Terra, e a aceitação ou a rejeição da mensagem de Deus envolvia o destino eterno das almas. Fundamentos da Educação Cristã, pág. 186.(Mente, Caráter e Personalidade, pág. 361)


Em vez de limitar seu estudo ao que os homens têm dito ou escrito, sejam os estudantes encaminhados às fontes da verdade, aos vastos campos abertos a pesquisas na Natureza e na Revelação. Que contemplem os grandes fatos do dever e do destino, e a mente expandir-se-á, fortalecer-se-á. Em vez de pusilânimes educados, as instituições de ensino poderão produzir homens fortes para pensar e agir, homens que sejam senhores e não escravos das circunstâncias, homens que possuam amplidão de espírito, clareza de pensamento, e coragem nas suas convicções. Educação, pág. 17 e 18.





“O conhecimento da verdadeira ciência é poder; e é o desígnio de Deus que esse conhecimento seja ensinado em nossas escolas como preparo para a obra que deve preceder as cenas finais da história da Terra.” (Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 19.)


9) Como uma ciência que dá nexo lógico dos relatos da criação em Gênesis se relaciona com as profecias das cenas finais da história da Terra?


Para entender isso precisamos ir passo-a-passo. A primeira questão é ver a relação das profecias com o livro de revelação profética do Apocalipse:


No Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem. Ali está o complemento do livro de Daniel. Um é uma profecia; o outro uma revelação. O livro que foi selado não é o Apocalipse, mas a porção da profecia de Daniel relativa aos últimos dias. O anjo ordenou: "E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo." Dan. 12:4.” (Atos dos Apóstolos pág. 585).


Mas se é verdade que em Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem, como pode o relato de Gênesis, em particular a descrição da criação, entrelaçar-se com as profecias ali reveladas? “Na profecia da mensagem do primeiro anjo, no capítulo 14 de Apocalipse, é predito um grande despertamento religioso sob a proclamação da breve vinda de Jesus. É visto um anjo a voar "pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo". "Com grande voz" ele proclama a mensagem: "Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas." Apoc. 14:6 e 7.


É significativo o fato de afirmar-se ser um anjo o arauto desta advertência. Pela pureza, glória e poder do mensageiro celestial, a sabedoria divina foi servida de representar o caráter exaltado da obra a cumprir-se pela mensagem, e o poder e glória que a deveriam acompanhar. E o vôo do anjo "pelo meio do céu", "a grande voz" com que é proferida a advertência, e sua proclamação a todos os "que habitam sobre a Terra", "a toda a nação, e tribo, e língua, e povo", evidenciam a rapidez e extensão mundial do movimento.


A própria mensagem derrama luz sobre o tempo em que este movimento deve ocorrer. Declara-se que faz parte do "evangelho eterno", e anuncia a abertura do juízo. A mensagem da salvação tem sido pregada em todos os séculos; mas esta mensagem é uma parte do evangelho que só poderia ser pregada nos últimos dias, pois somente então seria verdade que a hora do juízo havia chegado. As profecias apresentam uma sucessão de acontecimentos que nos levam ao início do juízo. Isto se observa especialmente no livro de Daniel. Entretanto, a parte de sua profecia que se refere aos últimos dias, Daniel teve ordem de fechar e selar, até "o tempo do fim". Não poderia, antes que alcançássemos o tempo do juízo, ser proclamada uma mensagem relativa ao mesmo juízo e baseada no cumprimento daquelas profecias. Mas, no tempo do fim, diz o profeta, "muitos correrão de uma parte para outra, e a Ciência se multiplicará". Dan. 12:4.” (O Grande Conflito pág. 355-356)


É curioso como se entrelaçam o relato da criação em Gênesis e a profecia da volta de Jesus, é o centro da primeira mensagem angélica, que associa conhecê-Lo, reivindicá-Lo como nosso redentor e saber de Suas obras e sua obra maior é a criação do Universo. Um cuidadoso estudo da operação do propósito de Deus na história das nações e na revelação das coisas por acontecer, nos ajudará a estimar no seu verdadeiro valor as coisas visíveis e as invisíveis, e a aprender o que é o verdadeiro alvo da vida. Assim, considerando os acontecimentos do tempo à luz da eternidade, podemos, como Daniel e seus companheiros, viver pelo que é verdadeiro, nobre e perdurável. E aprendendo nesta vida os princípios do reino de nosso Senhor e Salvador, esse abençoado reino que deve durar para todo o sempre, podemos estar preparados em Sua vinda para com Ele entrar em sua posse.” (Profetas e Reis pág. 548).


Mas, em Daniel 12:4 fala da ciência que se multiplicará no final dos tempos. Certamente fala do desvendar das profecias, mas além disso a Sra. White nos dá uma indicação mais ampla quando comenta dos estudos de Wolff, onde ela clarifica que tipo de ciência se multiplicaria no fim dos tempos, vejamos os seus comentários entre parênteses:


“Wolff cria na próxima vinda do Senhor, e sua interpretação dos períodos proféticos colocava o grande acontecimento em muito poucos anos de diferença do tempo indicado por Miller. Aos que insistiam nesta passagem: "Daquele dia e hora ninguém sabe" que os homens nada devem saber em relação à proximidade do advento, Wolff replicava: "Disse nosso Senhor que aquele dia e hora nunca deveriam ser conhecidos? Não nos deu Ele sinais dos tempos, a fim de que possamos ao menos saber a aproximação de Sua vinda, como alguém sabe da proximidade do verão pelo brotar das folhas na figueira? (Mat. 24:32.) Não deveremos jamais conhecer esse tempo, quando Jesus mesmo nos exorta, não somente a ler o profeta Daniel, mas a compreendê-lo? E o mesmo livro de Daniel, em que se diz que as palavras estavam fechadas até ao tempo do fim (conforme era o caso em seu tempo), declara que "muitos correrão de uma parte para outra" (expressão hebraica para significar - observar e pensar a respeito do tempo), e a "ciência" (em relação ao tempo) "se multiplicará". Dan. 12:4. Demais, nosso Senhor não tem o intuito de dizer com isto que a proximidade do tempo não será conhecida, mas que o "dia e hora" exatos "ninguém sabe". Pelos sinais dos tempos, diz Ele, será conhecido o suficiente para nos induzir ao preparo para a Sua vinda, tal como Noé preparou a arca." - Pesquisas e Trabalhos Missionários, de Wolff. (O Grande Conflito pág. 359-360)


Por isso o estudo do tempo que este livro aborda nos dá uma indicação de sinais dos tempos.


“Como a mensagem do primeiro advento de Cristo anunciava o reino de Sua graça, assim a de Sua segunda vinda anuncia o reino de Sua glória. E a segunda, como a primeira mensagem, acha-se baseada nas profecias. As palavras do anjo a Daniel, com relação aos últimos dias, deviam ser compreendidas no tempo do fim. A esse tempo, "muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará". "Os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão." Dan. 12:4 e 10. O próprio Salvador deu sinais de Sua vinda, e diz: "Quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto." "E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia." "Vigiai pois em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem." Luc. 21:31, 34 e 36.” (O Desejado de Todas as Nações pág. 234)


10) Mas o que tem o estudo do tempo a ver com profecias?


A própria palavra de Deus antecipa admiravelmente que haveria uma incredulidade quanto à criação do Universo, e de tudo que nele há, ter sido feita em seis dias literais. “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos. ” (Isaías 66:8). Nesse sentido, a cosmologia do Dr. Humphreys fornece uma poderosa arma aos criacionistas para defenderem sua convicções bíblicas e removerem as escamas dos olhos de muitas pessoas que estão cegas pelo evolucionismo “científico”. Mas deixemos a Sra. White aprofundar a questão: “A filosofia humana declara que se levou um período indefinido de tempo na criação do mundo. Foi isso que Deus declarou? Não; Ele diz: "Entre Mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque, em seis dias [não seis períodos indefinidos de tempo, pois nesse caso não seria possível observarmos o dia especificado no quarto mandamento], fez o Senhor os céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e tomou alento". Êxo. 31:17. Por favor, leia cuidadosamente o quinto capítulo de Deuteronômio. Diz Deus novamente: "Lembra-te [não te esqueças] do dia de sábado, para o santificar. ... Porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou."


Ainda assim, com os oráculos vivos diante de si, aqueles que alegam pregar a Palavra apresentam as suposições de mentes humanas, os princípios e mandamentos de homens. Tornam inválida a lei de Deus por suas tradições. O sofisma relacionado com a criação do mundo num período indefinido de tempo é uma das falsidades de Satanás. Deus fala à família humana em linguagem que ela pode compreender. Ele não deixa tão indefinido esse assunto, que os seres humanos possam tratá-lo de acordo com suas próprias teorias. Quando o Senhor declara que fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo, quer dizer o dia de vinte e quatro horas, que Ele marcou pelo nascer e pôr-do-sol. Deus criou o mundo em seis dias literais e no sétimo dia literal descansou de toda a obra que tinha feito, e tomou alento. Assim, deu Ele ao ser humano seis dias para trabalhar. ... Ao separar dessa maneira o sábado, Deus deu ao mundo um memorial. Ele não separou um dia ou qualquer dia entre os sete, mas um dia determinado, o sétimo. Ao observamos o sábado, demonstramos reconhecer a Deus como o Deus vivo, Criador do céu e da Terra. Carta 31, 1898.” (Cristo Triunfante Meditações Matinais pág. 18)


11) O que está em jogo na verdade é a credibilidade do quarto mandamento!


“Ao nos abstermos do trabalho no sétimo dia, testificamos perante o mundo que estamos ao lado de Deus e nos esforçamos por viver em perfeita conformidade com os Seus mandamentos. Dessa maneira, reconhecemos como nosso Soberano o Deus que fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo. ... O verdadeiro sábado deve ser restaurado a sua legítima posição como o dia de repouso de Deus. Manuscrito 77, 1900.” (Cristo Triunfante Meditações Matinais pág. 109)


“Deus denuncia Babilônia porque "tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição". … Deus fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo, santificando este dia e separando-o de todos os outros como sagrado a Sua própria Pessoa, para que fosse observado por Seu povo durante todas as suas gerações. Mas o homem do pecado, exaltando-se acima de Deus, assentando-se no templo de Deus e ostentando-se como se fosse o próprio Deus, cuidou em mudar os tempos e as leis. Este poder, tencionando provar que não somente era igual a Deus, mas estava acima de Deus, mudou o dia de repouso, colocando o primeiro dia da semana onde deveria estar o sétimo. E o mundo protestante tem admitido que este filho do papado seja considerado sagrado. Na Palavra de Deus, isto é chamado de sua fornicação. (Apoc. 14:8.) SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 979.


Durante a dispensação cristã, o grande inimigo da felicidade do homem fez do sábado do quarto mandamento um objeto de ataque especial. Satanás diz: "Eu atravessarei os propósitos de Deus. Capacitarei meus seguidores a porem de lado o memorial de Deus, o sábado do sétimo dia. Assim, mostrarei ao mundo que o dia abençoado e santificado por Deus foi mudado. Esse dia não perdurará na mente do povo. Apagarei a lembrança dele. Porei em seu lugar um dia que não leve as credenciais de Deus, um dia que não seja um sinal entre Deus e Seu povo. Levarei os que aceitarem este dia a porem sobre ele a santidade que Deus pôs sobre o sétimo dia." Profetas e Reis, págs. 183 e 184.


“Na peleja a ser travada nos últimos dias estarão unidos, em oposição ao povo de Deus, todos os poderes corruptos que apostataram da lealdade à lei de Jeová. Nessa peleja, o sábado do quarto mandamento será o grande ponto em litígio, pois no mandamento do sábado o grande Legislador Se identifica como o Criador dos céus e da Terra. Mensagens Escolhidas, vol. 3, págs. 392 e 393.


"Certamente guardareis os Meus sábados", diz o Senhor; "pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifica." Êxo. 31:13. Alguns procurarão colocar obstáculos no caminho da observância do sábado, dizendo: "Não sabeis que dia é o sábado", mas parecem saber quando chega o domingo, e têm manifestado grande zelo em fazer leis impondo sua observância. The Kress Collection, pág. 148.” (Eventos Finais pág. 124)


II- As Leis do Universo


1) O homem tem uma curiosidade para saber as leis do Universo!


O boom de vendas do livro e filme O Segredo em meados da primeira década deste século revelou a crescente ansiedade e curiosidade humana em conhecer os segredos do Universo, em particular as suas leis. Cercada de muito misticismo, a Lei da Atração passou a ser a coqueluche daqueles que queriam ver o Universo conspirando a seu favor. Pois esta lei foi apresentada como a maior jóia escondida da humanidade, que teria sido usada conscientemente por homens para seu próprio proveito e que assim conseguiram fortunas e feitos extraordinários em suas áreas específicas e em suas épocas.


Com a apresentação da Teoria da Relatividade Geral, pelo físico Russel Humphreys, como a base de uma cosmologia que faz predições coerentes com o relato bíblico, cabe a pergunta: será que a teoria não terá se transformado em Lei universal?


Sabemos que as leis para proveito humano de salvação foram reveladas na Palavra de Deus, fora dali o conhecimento humano foi se acumulando através de propostas de modelos matemáticos, físicos, químicos e biológicos.não passam de conjecturas humanas.

Um comentário:

  1. "O físico norte americano Russel Humphreys, através de seu livro Luz Estelar e o Tempo [...]"

    Não divulgue tonteiras, não é muito honesto.

    ;)

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